Quem Pirateia
Não Compra Original
Claudiomiro
Machado Ferreira
A luta em favor dos direitos autorais,
de quem produz e compõe, já vem de muito tempo. Em épocas não tão remotas o
maior desafio era a batalha contra cópias físicas não autorizadas. Estas já foram
feitas por gráficas e editoras e quando identificadas era mais fácil solicitar
– e conseguir – a retirada do mercado. Depois, com a industrialização, e nos
dias de hoje, com a pirataria, o volume e a impunidade dos praticantes tornaram
a prática “normal”, tendo até quem tente validá-la alegando à atividade a
classificação de “crime de pequena monta”.
Porém, vemos nos dias de hoje o
fortalecimento de uma prática que tenta validar esse que já foi considerado
pela Interpol como “o crime do século”. Talvez muitos não notem, pois sua
disseminação é subjetiva – e por isso mesmo mais perigosa. Já está consolidada
entre nós a estratégia de convencer, por argumentos nebulosos e falaciosos, que
a pirataria é algo bom e aceitável. A ideologia nefasta que luta para incutir
esta ideia em nossas cabeças ainda afirma que autores e compositores têm de se
adequar às novas realidades. A estratégia de criar uma cultura a favor da
pirataria foi a forma encontrada para validar uma prática ilegal. Como não se
pode prender uma ideia quem a difunde continua impune e induzindo os outros ao
erro.
Dentre os argumentos inconsistentes, sem
fundamento e completamente falhos dos defensores, principalmente da Cultura
Livre e da Pirataria, está a de que se alguém piratear um CD ou DVD irá comprar
outro. Este argumento mostra-se completamente estúpido, assim como quem o
defende, quando analisamos os números.
Um editor já chamou a atenção para o
fato de apesar do número de estudantes de nível superior ter aumentado
significativamente, os números das vendas dos livros usados por eles diminuíram
drasticamente. Outra declaração muito importante foi a de um cantor em rede
nacional em um programa de auditório. Ele, acostumado a vender seus CDs na casa
de 1 milhão de cópias, por causa da pirataria viu suas vendas caírem para 200
mil cópias. Suas vendas caíram 80%. Se o argumento fosse válido ele teria suas
vendas aumentadas para um milhão e oitocentas mil cópias. Mas isso não
aconteceu.
Apesar de 200 mil cópias de um trabalho
ainda ser um número alto, não é isso que está em questão. A questão é que, de
fato, quem pirateia não compra o original. Quem defende o contrário induz ao
erro e incentiva a prática de um crime. Preste atenção e não se deixe iludir,
quem defende a Pirataria, mesmo que a ela dê ares de licitude, em geral, está
bem empregado em uma instituição muito bem aparelhada, pode viver paralelamente
de palestras ou shows e não aplica a ideia à sua própria produção. O que não
deixa claro é que a essas ideias generalizadas a maioria dos autores não pode
se adequar. Mas, basta analisar a sua ideologia e percebe-se que a eles isso
pouco importa mesmo. O ponto é esperar para ver quanto tempo ainda vão
conseguir levar adiante a mentira que disseminam.
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